Na noite da última quinta-feira, 12 de junho de 2025, por volta das 22h, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência no hospital municipal, onde um paciente teria causado danos a equipamentos médicos na área do pronto socorro.
Segundo relatos de testemunhas, o paciente — cadeirante e dependente químico de morfina — exigiu que o médico de plantão lhe prescrevesse a substância. Diante da negativa médica, o homem, em um momento de ausência do profissional, adentrou a sala de atendimento e passou a derrubar diversos aparelhos de urgência. Entre os equipamentos danificados, estão um aspirador cardíaco, um cilindro de oxigênio e um monitor cardíaco.
A equipe médica solicitou apoio da Polícia Militar por meio do número 190. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o paciente ainda exaltado, insistindo na administração da medicação. O médico explicou à guarnição que a aplicação da substância solicitada poderia resultar em uma parada cardíaca, o que motivou sua recusa.
Em meio ao atendimento, o paciente tomou posse de sua ficha de registro, rasgou o documento e o jogou no lixo, atitude que configurou desacato diante da equipe policial. Ele recebeu voz de prisão e foi conduzido até a Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP) para o registro da ocorrência. Por questões operacionais, a cadeira de rodas do paciente foi deixada no hospital.
O caso foi registrado com base nos artigos 163 e 331 do Código Penal, que tratam, respectivamente, dos crimes de dano ao patrimônio público e desacato a funcionário público no exercício da função. O boletim de ocorrência foi encaminhado à autoridade judiciária competente para as providências cabíveis.