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Quem responde por tráfico em casos como o da carreta com seis toneladas de droga em Rondônia?

No último domingo, uma carreta foi flagrada transportando seis toneladas de skunk no distrito de São Domingos, em Costa Marques (RO), no que foi classificado como a maior apreensão de drogas da história do estado.

A droga estava escondida em compartimentos internos adaptados no veículo. A operação envolveu diversas forças de segurança e levanta uma pergunta importante:
quem responde criminalmente por uma situação como essa?

O motorista é o principal alvo da investigação?
Estando na posse direta do veículo, o motorista costuma ser o primeiro responsabilizado. No entanto, a lei exige mais do que isso: é preciso comprovar que ele sabia da droga e que, de fato, estava envolvido na situação.

No processo penal, não há presunção de culpa, mas sim presunção de inocência. E existe uma regra básica: na dúvida, o réu deve ser considerado inocente.

E o dono do caminhão? Também responde automaticamente?
Não. A simples propriedade do veículo não é suficiente para responsabilização penal. O proprietário só poderá ser processado se houver indícios de que participou, autorizou ou tinha conhecimento do transporte ilícito.

Mais uma vez, a regra é clara: presume-se inocente, até que surjam provas que indiquem o contrário.

E o que agrava esse tipo de crime?
Como o destino da carga era o estado de São Paulo, o caso se enquadra como tráfico interestadual, o que agrava a pena, conforme previsto no artigo 40 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).
A pena, nesses casos, pode chegar a até 25 anos de prisão, dependendo das circunstâncias.

Além disso, pela estrutura logística envolvida, as autoridades podem aprofundar a investigação para identificar outros participantes, como financiadores, responsáveis pela logística e destinatários da carga.

No Direito Penal, não basta estar vinculado ao veículo ou estar presente no local.
Para que alguém seja responsabilizado, é preciso haver prova concreta de participação no crime.
E é justamente isso que a investigação vai apurar.

Por Dr. Hérick Regly
Advogado Espigão Notícias

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