Espigão do Oeste, quinta-feira, 25 de setembro de 2025 – A Polícia Federal, em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), deflagrou nesta quinta-feira a Operação Lignum II, com o objetivo de combater a exploração ilegal de madeira e impedir o acesso não autorizado à Terra Indígena Roosevelt, em Rondônia.
A ação contou com a participação de 15 policiais federais e dois analistas ambientais, que percorreram áreas de difícil acesso logístico dentro da reserva. Durante a fiscalização, foram localizadas estruturas e veículos utilizados para a retirada ilegal de madeira. No local, as equipes inutilizaram 10 caminhões, dois tratores, duas motocicletas e um acampamento, todos empregados na prática criminosa. A destruição dos bens seguiu critérios técnicos e legais, visando impedir a continuidade da

exploração irregular em território de usufruto exclusivo dos povos indígenas.
As investigações prosseguem com a análise do material coletado em campo e a identificação dos responsáveis pelas infrações ambientais e contra o patrimônio da União.
Apesar de tratar-se de uma operação necessária para proteger o meio ambiente e os direitos indígenas, a situação divide opiniões em Espigão do Oeste. O município possui forte ligação com o setor madeireiro, que ao longo das décadas sustentou centenas de famílias e movimentou a economia local por meio de serrarias e empresas do ramo.
Com a intensificação das ações de fiscalização e o fechamento de rotas de exploração ilegal, cresce o debate sobre o futuro da cidade. Muitos se perguntam: qual será o destino de Espigão do Oeste diante da necessidade de buscar alternativas econômicas sustentáveis? O momento, segundo lideranças locais, exige reflexão e planejamento para que a população não seja penalizada e que se encontrem novas opções de desenvolvimento para a região.