A Rodovia RO-387, conhecida como Rodovia Lúcia Tereza, é uma via principal que liga a cidade de Espigão do Oeste à BR-364 e dá acesso direto a outros municípios da região. No entanto, apesar de sua importância estratégica para o tráfego e o desenvolvimento do Cone Sul de Rondônia, ela tem sido marcada por uma triste realidade: acidentes constantes, vidas perdidas e a omissão do poder público diante da gravidade da situação.
Moradores relatam que a estrada já tirou a vida de diversas pessoas queridas, transformando o trajeto diário em um pesadelo. A insegurança é sentida por quem precisa trafegar por ela todos os dias — seja para trabalhar, estudar ou escoar a produção rural. Apesar disso, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Governo do Estado continua adotando medidas paliativas, como o recapeamento de buracos, sem apresentar soluções estruturais que garantam a segurança de motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres.
O que a rodovia precisa com urgência é de sinalização adequada, faixas de rolamento bem pintadas e refletivas, instalação de olhos de gato e a construção da ciclovia prometida ainda na gestão anterior. A ausência desses itens básicos de segurança compromete seriamente a integridade de quem utiliza a via, principalmente durante a noite ou em dias de chuva intensa.
Moradores procuraram nossa equipe para relatar o medo e os perigos enfrentados. “A gente passa apuros quase todo dia, não tem visibilidade, os buracos aparecem do nada e a gente se sente abandonado”, comentou uma universitária que percorre a RO-387 diariamente.
Diante dessa realidade, fica o questionamento: até quando o governo do Estado continuará ignorando as necessidades de uma rodovia tão importante? Vai esperar mais acidentes fatais para agir? E a ciclovia que foi prometida, onde está?
A RO-387 não pode mais ser tratada com descaso. É preciso ação imediata, planejamento e respeito com a vida de quem nela trafega. O tempo das promessas já passou. A população de Espigão do Oeste e região exige soluções concretas.
